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Amor Que Cura

"Inclusive Thiago, eu me sabotei tanto que eu tô aqui desde outubro e hoje vai ser a primeira vez onde vou falar de sentimentos e da pessoa que mais foi importante pra mim recentemente, sendo que quando eu cheguei aqui ela já tava no meu coração. Cê sabe que eu sempre fui emocionado... desde quando eu vinha aqui com 15 anos! Essa menina, o nome dela é Victória... eu tava meio que gostando de uma amiga dela que também gostava de mim e também tava me envolvendo com uma menina daqui de Divi, mas cê sabe como eu sou. Eu falei com a Thais que eu tava desenvolvendo sentimentos pela Victória logo que isso surgiu no meu coração, porque eu sei quando um trem é realmente especial pra mim e também não deixei as coisas evoluírem com a Laura. As outras coisas não me importavam, como nunca importam. Só que eu só consegui caminhar até aí, Thiago. Eu nunca fui carinhoso com a Vic, mostrei pouquíssimo afeto, só falei do que eu sentia por ela como se eu tivesse vergonha disso, nunca fiz questão de

Esporadismos e Infinitudes - parte 2

Este texto é sobre (o que faltou no texto anterior e mais uns acréscimos): como aprender é a única coisa que faz sentido nesta vida pseudogratidão combate ao ódio que amplifica o ódio invés de diminui-lo e gatinhos. Olha, ao longo dos meus 20 e poucos anos de idade eu passei 23 anos sem acreditar em reencarnação e também passei alguns meses sem acreditar em Deus, durante uma crise. Eu não sei como eu conseguia e não sei como pessoas conseguem. E não tô julgando não. Eu quase admiro, até. Em tese a pessoa não vê nenhum significado que vá além da vida que ela vive agora e tá de boa com isso. E sei que isso não é sinal de pobreza espiritual - exemplo disso são os neo-budistas. Sem uma religião, um deus... foco total no presente, e no que passa. Foco na impermanência da vida, e como isso por si só traz um belo sentido a tudo. A questão que eu quero abordar é que, independente da crença na imortalidade da alma, tudo passa, e mesmo assim, tudo pode fazer sentido. Desde que

Infinitudes e esporadismos - Parte 1

Este texto é sobre: o pior relacionamento da minha vida e um último mea culpa da minha vida amorosa como aprender é a única coisa que faz sentido nesta vida pseudogratidão combate ao ódio que amplifica o ódio invés de diminui-lo e gatinhos. Bom, eu preciso falar sobre como o pior relacionamento da minha vida aconteceu e o principal, sobre como ele só  foi assim porque eu permiti. Eu conheci a Fulana ano passado na internet da vida. Conhecer estranhos pela internet é um hábito no mínimo perigoso que eu mantenho vivo porque já conheci gente maravilhosa demais assim e até hoje eu me dedico muito pouco a conhecer pessoas novas em ambientes sociais. De início a gente flertou um pouquinho mas logo o desinteresse foi mútuo e a gente virou webamigos, nova classe de relacionamentos onde tudo é muito volátil e líquido e por isso é legal e não é ao mesmo tempo. Não sei explicar como mas dentro de uns dois meses tínhamos uma amizade assídua e significativa. Frequentávamos luga

Trivial

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Por alguns bons anos a Física foi um monstro de sete cabeças para mim. Meu ensino fundamental não foi dos melhores e de 1ª a 8ª série eu tinha uma única disciplina chamada Ciências, que quase nunca falava algo sobre Física de fato. O mais perto que cheguei de Newton , Torricelli e os demais antes do ensino médio foi no cursinho pré-cefet, onde o professor de Física, apesar de muito engraçado e legal, limitava-se aos estereótipos de cursinho meia-boca e apenas ensinava formas engraçadas de decorar fórmulas. Então eu cheguei no Cefet sem entender bem coisas triviais como a gravidade ou a lei de ação e reação. Por sinal, tudo para o meu primeiro professor de Física do Cefet, o Marcos Paulo, era "trivial". E como não fica muito difícil de se implicar a partir disso, ele tinha uma maneira meio complicada de explicar as coisas para alguém que não sabia o básico. O trivial me parecia impossível. E o resultado óbvio foram notas vermelhas nos dois primeiros bimestres. Dig

Sutil

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Lembro-me de quando éramos um emaranhado de emoções indecifráveis. O exagero era tanto que o pensar era impossível, e o sentir, no mínimo confuso. Na nossa história eu estava sempre perdendo alguma coisa: o ar, a racionalidade, o sono, a esperança, o medo. Um perene carrossel de perdas. E eu ficava a imaginar o que sobraria - se é que sobraria algo - quando as perdas cessassem. E ao cessar, eu nada percebi. Até que eu senti falta. Senti a sua falta. E vi que ainda sobrava um cadinho bom de muitas coisas. Algumas ruins, inclusive. A paciência já não era a mesma, a fé estava abalada e a tolerância, afiada. O decreto foi de que só poderia ficar o que fosse bom. E assim só sobrou amor. Um amorzinho que não parece que vai me matar o tempo todo - como era antes. Mas que constantemente me faz mais feliz por estar vivo. Sentimento manso que me acorda devagarinho pela manhã, com o peito quente e aquela vontade de você. Leve e simples. Sutil.

Coisas Que Eu Não Sei

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Todos os questionamentos do mundo Temporariamente sufocados Pelo seu beijo fácil Pelo seu abraço apertado Toda a irritação à flor da pele Momentaneamente despida Junto ao seu sutiã em renda Todo o desapontamento com o agora Que juntos deixávamos para trás Coisas que eu não sei Os problemas que você representava Com a solução escrita no fundo A vontade de viver Perdida numa briga Retomada no 'fazer as pazes' Os riscos a correr Que destruiam Pra depois reconstruir Coisas que eu não sei Seu permanecer Depois de tudo Minha vontade Depois de tudo Nossa conexão Depois de tudo Coisas que eu não sei Te amo  (sem saber te amar) Suporto (sem saber suportar) E continuo apesar de todas as Coisas que eu não sei

Still Can

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A crueldade sempre nos bate à porta.  E a gente sempre abre para ela.  Porque ela não vem da mão do inimigo  (muito pelo contrário): vem do parente, do amante, do amigo. Discursos encapsulados com aquele eufemismo encrustado para te dizer que é tarde demais. E talvez seja realmente muito tarde. Porém somente para eles que diferentemente de nós ainda não perceberam que nós ainda podemos.